Introdução
Neste trabalho de elevação de Aprendizes Maçônicos, iremos abordar o surgimento do alfabeto maçônico, seus tipos utilizados no dicionário e características de como decifrar a linguagem.
A origem do alfabeto maçônico
A origem do alfabeto maçônico deu-se ao alquimista alemão Heinrich Cornelius Agrippa Von Nettsheim. Nettsheim nasceu em 1486 em Colônia, na Alemanha e passou boa parte de sua vida na França e na Itália, dedicando-se à teologia, medicina, direito e forças armadas. Era um estudioso em ciências ocultas. Em 1506, ajudou a fundar uma sociedade secreta em Paris, voltada para os estudos da Astrologia, Magia e Cabala.
O sistema de codificação mono alfabética utilizada há certo tempo pela maçonaria fora atribuída pelo alemão. Em 1533, Nettsheim publica o “De Occulta Philosophia” e, no capítulo 30, a codificação é descrita. Nos dias de hoje, esta (codificação) é conhecida como Codificação Pig Pen – tradução literal “Porco no Chiqueiro” – e deriva do fato de que cada letra (os porcos) é colocada numa casa (chiqueiro).
Este alfabeto foi frequentemente utilizado nos séculos XVII (17) e XVIII (18), onde que atualmente, alguns praticantes das Ordens Maçônicas ainda o utilizam para poder se identificar ou se comunicar. Em tempo, ainda o utilizam mais por tradicionalismo a assegurar a confidencialidade.
Alfabeto templário e alfabeto maçônico
Mesmo havendo similaridade entre Templários e Maçons, a Maçonaria é originária de organizações que existiram há mais tempo, bem antes da criação das Cruzadas, onde surgiu a Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão.
Em tempos mais longínquos da Idade Média (~779 A.C.), existiram as “Guildas”, onde eram corporações de Ofício de forma hierárquica. Funcionavam como comércio e artesanato dentro de suas funções, além das construções de Templos e Catedrais. Os seus integrantes eram divididos entre:
- Aprendizes;
- Artesãos;
- Mestres.
A comunicação entre eles eram por meio de palavras e sinais exclusivos de cada categoria.
Anos mais tarde, os Templários viriam a ser a mais poderosa organização religiosa, política e militar da Idade Média, onde se dedicavam também a construção de Templos, notadamente vistos em Portugal, Inglaterra e França. Em seus ritos secretos, utilizavam um alfabeto codificado visando sigilo e confidencialidade das grandes negociações que realizavam.
Já a Maçonaria conhecida desde os dias de hoje, fora constituída por volta de 1717, quando reunidas 4 das grandes 12 lojas da Inglaterra, constituindo sua primeira Constituição. Tanto a Maçonaria quanto os Templários em sua forma contemporânea, adotam tal comportamento sigiloso, tal como feito no passado. Atualmente, o Vaticano apenas reconhece duas representações templárias, exceto a Maçonaria não sendo reconhecida como organização Cristã.
Abaixo, segue o alfabeto maçônico ilustrado, conforme abordado neste capítulo:
Na sequência, segue a versão dos Templários, criada com base na criptografia chamada “Atbash”, muito utilizada na língua hebraica. A cifra Atbash consiste em substituir a primeira letra de uma palavra pela última, só que invertido, conforme exemplo:
Normal: a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z
Código: z y x w v u t s r q p o n m l k j i h g f e d c b a
Abaixo, segue o alfabeto templário ilustrado, conforme abordado neste capítulo:
Dicionário da maçonaria
O “A” É a primeira letra do alfabeto. Quando seguido da tri-pontuação (A∴), expressava a abreviatura da palavra Arquiteto. Hoje se usa “Arquit∴”
Abreviatura é a escrita Maçônica, que dificulta sua leitura aos profanos, como A∴R∴L∴S∴ (Augusta e Respeitável Loja Simbólica), ou Aug∴ e Resp∴Loj∴Simb∴, ou Gr∴Or∴, Grande Oriente, Ir∴do; membro da.
Como decifrar o alfabeto maçônico (criptografia)
O alfabeto é inscrito em um quadrado formado por duas linhas paralelas verticais, cortadas por duas linhas horizontais igualmente paralelas. Este quadrado produz nove caixas, tanto abertas quanto fechadas. Elas contêm o alfabeto comum.
Muitas letras são diferenciadas por um ou dois pontos. Para tirar dessa figura o alfabeto maçônico, basta remover essas letras e representar em seu lugar as caixas onde elas estão, seja sem ponto, ou com um ou dois pontos.
Estas nove caixas assim divididas formam, com a ajuda de pontuação, que as distingue no seu uso duplo e triplo, os caracteres da escrita maçônica. Estas foram rapidamente suplantadas por alfabetos, onde a dupla pontuação foi abandonada em favor da cruz de St. Andrew, onde as letras são dispostas nas caixas segundo uma regra regular simples.
Conclusão
Neste trabalho de elevação de Aprendizes Maçônicos sobre o alfabeto maçônico, podemos concluir que a criptografia* de cifras é um método utilizado desde a Idade Média para proteger a informação e evitar vazamentos de dados confidenciais para mal uso, uso indevido ou uso inapropriado para denegrir uma imagem, uma sociedade, ideias e patentes intelectuais acarretando em diversas perdas, como perdas econômicas.
* (conjunto de princípios e técnicas empr. para cifrar a escrita, torná-la ininteligível para os que não tenham acesso às convenções combinadas; criptologia.)
Referências
http://alemdoultimograu.blogspot.com/2012/08/a-origem-do-alfabeto-maconico.html
https://www.rlmad.net/secmaconaria/int-mac/alfabeto-maconico/
http://filhosdehiran.blogspot.com/2010/09/alfabeto-templario-e-alfabeto-maconico.html
https://pt.scribd.com/doc/509839/DICIONARIO-DA-MACONARIA
Autor: Bruno Azevedo Neumann
Foi de grande ajuda, sou aprendiz e consegui tirar grandes dúvidas, gratidão.’.
estou iniciando estudos apos a exaltação
Estava iniciando os graus filosóficos
Estas informações foram de grande valia para minha evolução.
Vos agradeço.
Que o G.’.A.’.D.’.U.’. esteja conosco.
T.’.F.’.A.’.