Na concepção deste trabalho, foram encontrados diversas histórias (todas muito diferentes), e para que este trabalho não se torne extenso, selecionei as que dispunham de mais fontes e melhor embasamento.
A Corda de 81 Nós deve circundar todo o templo, no alto das paredes, junto ao teto e acima das colunas zodiacais (nos ritos que as possuem). O nó central deve ficar sobre o Trono de Salomão, acima do Delta, na parede oriental. A partir daí, a Corda deve estender-se pelas paredes do Norte e do Sul, com 40 nós de cada lado. Os extremos da Corda terminam em ambos os lados da porta ocidental, em duas borlas, representando a Justiça (ou Eqüidade) e a Prudência (ou Moderação).
Uma das possíveis origens da corda é datada de 23 de Agosto de 1773, na instauração da primeira palavra semestral em cadeia de união, na casa “Folie-Titon” em Paris, lá, tomou posse Louis Phillipe de Orleans, como Grão-Mestre da Ordem Maçônica da França. Naquela solenidade estavam presentes 81 irmãos, e a decoração da abóbada celeste apresentava 81 estrelas. Antigamente, os maçons operativos empregavam cordas com nós amarrados a distâncias iguais, para efetuar medições das distâncias no canteiro de obras e esquadrejar grandes ângulos.
Os números relacionados à Corda de 81 Nós tem como base o número 3, o número 81 é o quadrado de 9, que por sua vez é o quadrado de 3. O número 40 (40 nós de cada lado da Corda, tirando o nó central) é número simbólico de penitência e expectativa, por exemplo:
- 40 foram os dias do dilúvio – Gênesis, 7, 12;
- 40 foram os dias de Moisés no monte Sinai – Êxodo, 34,28;
- 40 dias durou o jejum de Jesus – Mateus, 4, 2;
- 40 dias Jesus esteve na Terra após sua ressurreição (Atos, 1, 3);
A principais interpretações que foram constatadas para o uso da corda são:
- A corda tem a finalidade de absorver as vibrações negativas que possam ser formadas dentro do Templo, absorvidas, são transformadas em energia positiva e devolvidas aos maçons que se encontram no recinto. A abertura da Corda, na porta de entrada do templo, mostra que a Maçonaria é dinâmica e progressista, estando, portanto, sempre aberta às novas idéias, que possam contribuir para a evolução do homem e para o progresso da humanidade”
- Os Nós, não são propriamente nós, mas sim “laçadas” frouxas, sugerindo o símbolo do infinito, o eterno e permanente, porém, se esticada transforma-se em nós. As “Laçadas” simbolizam “Laços de Amor” e lembram ao Maçom a pré-disposição a amar o seu irmão e, ser cuidadoso em não transformar a laçada em nó, pois simboliza o egoísmo. A Borla localizada na porta de entrada da Loja, “recebe” os fluídos negativos, por uma das extremidades, quando os Maçons por ela adentram, sendo “descarregados” através da Borla localizada na outra lateral. As “vibrações” negativas são absorvidas pela terra como se fossem raios.
Fica claro que apesar de tantas interpretações e possíveis motivos de sua existência, a função da corda é de proteger e canalizar as energias do templo, tanto quanto transformar a energia negativa em positiva quanto dispersar a negativa. Como fato curioso, isso faz lembrar a estrutura de trabalho de centros espíritas, que antes de ser realizada qualquer sessão, na parte externa do templo é feito uma corda fluídica pelos guardiões espirituais, para não permitir a entrada de entidades mal intencionadas. Isso demonstra que mesmo tendo um caráter simbólico, a Corda de 81 Nós tem uma conotação metafísica, que tendo a Loja uma egrégora elevada, a torna um real instrumento de proteção e canalização de energias.
Bibliografia
www.bibliot3ca.wordpress.com/corda-de-81-nos
www.construtoresdavirtude.com.br
Autor: Victor Tadeu Laurentino Silva